quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dois meses atrás

Passa rápido...


Na maternidade, dia 09 de julho eu estava trazendo ao mundo Laura, passei uma noite praticamente em claro, que medo do que iria acontecer na manhã seguinte. Mãe de primeira viaje, não... Pior, mãe consciente do que pode ocorrer;

Nesse momento a ignorância ajuda tanto...

O médico entrou na sala de parto e achou que eu estava tendo contrações, eu achando que era puro nervosismo, por que da Maria não tive contração, na verdade não sei o que é isso;

O pediatra chamado para acompanhar o parto e receber a Laura nos braços pela primeira vez, com nome esquisito, foi super romântico, disse ao meu médico:

“A UTI neonatal está lotada, hem, não podemos ter problemas aqui”.

Que legal tudo que eu precisava era ouvir que minha filha não teria assistência caso precisasse.

Não tinha mais como voltar atrás, então resolvi fazer o que vinha fazendo desde a madrugada:

Rezar...

O anestesista, uma figura, se o encontrasse numa escola, poderia jurar que dava aula de biologia para cursinho, seria amado pela turma: com cara de doido, baixinho, cabelos brancos e compridos e mascando um chiclete, rindo alto e fazendo piadinhas, cujo nome não esqueço, é Miguel.
Ele me disse: "Querida, para você ficar tranquila, faço isso a 30 anos" E eu pensei "isso é bom ou ruim".

As 8:20h da manhã, linda, rosada, gorda e saudável: Nasceu Laura.

O pediatra com nome esquisito levou ela para outra sala dizendo que o pai poderia ir com ele, tirou um sarrinho dizendo que eu ficaria sozinha...

E eu fiquei mesmo, lá sendo costurada, ouvindo a discussão sobre as queimadas no Mato Grosso na fazenda de um dos médicos.

Uma enfermeira, talvez a mais sensível ao meu momento, mulher e mãe, me trouxe a Laura embrulhadinha numa manta, com um rostinho redondo, rosado e sereno para eu conhecer.

(a Maria limparam na mesma sala de parto, então a imagem que tenho é um bocão aberto e roxa de chorar)

E então me deixaram lá, na tal sala de recuperação, sozinha novamente, me recuperei

e me deixaram lá,

...era feriado não tinha ninguém para me levar até o quarto...

Quando cheguei ao quarto e me trouxeram minha princesinha para mamar,

E como era preguiçosa essa menina...Preguiça que nos custou alguns dias de preocupação...

Os avôs estavam lá, a tia Ju e o Miguel, a tia Dani, tia Fátima e Hamiltom também foram, a tia Sil, o tio Otto e o João Pedro foram a noite.

Mas o dia 9 de julho acabou bem e ficou registrado como dia mais feliz da minha vida II.

Um comentário:

  1. que legal...pra não esquecer mais...

    me lembrou:

    o pedro qdo nasceu o médico fez poesia, ele se chamava Aladin,

    a parteira rezou aquela oração: "nossa senhora do bom parto"...

    e foi sem anestesia...

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