quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cuidando da alma o corpo se regenera

Ontem fomos à pediatra, levar a Laura para a consulta de rotina e ver a gargantinha da Maria.


É possível que a infecção de garganta da Maria tenha sido a dificuldade escondida e não entendida de engolir a irmãzinha...

Ela teve febre alta e as “aguinhas do bem” da tia Gizelle não resolveram; e não poderia por que a dor não é física;

É difícil para ela entender como alguém tão pequenina, ingênua e linda; que ela ama tanto desde antes de conhecer, possa roubar dela a mãe, o pai, o espaço, e nem sei mais o que...

São tantas coisas que se é roubado e é tanto amor que se tem pelo ladrão, que fica realmente complicado entender (apesar de tão esperta e com uma facilidade de adaptação e solução de problemas que me encanta).

Outra coisa difícil para a Maria foi a ausência do Miguel, primo, amigo, irmão de terrinha, companheiro e paixão, até hoje ela não falou sobre isso;

Ela fala da tia Ju e do tio Gu, mas do Miguel raríssimo sair um comentário

Acho que ela vai engolindo essas, ausência e presença, como pode e devagar...

É inevitável e grandiosa essa dor.

Mais que isso, é necessário para que ela aprenda a mastigar, deglutir, e digerir seus problemas quando adulta;

Meu avô dizia que aprendemos pelo amor ou pela dor: nesse caso é pelo AMOR, com todo carinho e dedicação que posso dar, sem ser permissiva...

A Maria vai superar e crescer com tudo isso, e essa gargantinha vai voltando ao normal a cada detalhe deglutido;

Por que sei que cuidando da alma, o corpo se regenera.

E resta para “mim” respeitar o sofrer e sofrer com e não por ela até o fim.

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